h1

Nomes

24 de junho de 2011

Quando se está em um país de língua desconhecida, a gente tenta entender como uma criança aprende. Primeiro, tudo o que ela escuta não faz sentido algum. Mesmo assim, ela tenta ouvir o que falam perto dela ou para ela. Aí ela começa a perceber onde as palavras iniciam e terminam. Então ela nota quais são as que mais se repetem, grava algumas delas e arrisca dizer, só pra ver no que vai dar. Vem vários adultos achando bonitinho e ficam falando mais palavras e assim vai. Mas eu não tenho o privilégio de ser um bebê. E aí entra a adaptação, que falei em um post anterior…

Nomes. O mundo é feito basicamente disso: casa, comida, praça, metrô, ponte, predio. Comida. Predio. Metrô, ponte, praça, casa. E isso é o meu dia, com apenas nomes. Os verbos não são tão importantes. Se eu falar “mim – casa – praça”, jamais poderá significar que eu quero CONSTRUIR uma casa na praça. Então o unverso dos verbos fica restrito e eu me salvo sem muitas palavras!

Então aí vai um nome que tem significado universal e pode te salvar em todos os lugares do mundo: Big-Mac!

3 comentários

  1. “Mas eu não tenho o privilégio de ser um bebê.” eheh! wel, cara, você tem uma pintada de jornalista, é quase um cronista nato! blog tá foda de bom! dav9


    • davi!


  2. Linguagem é descoberta, comunicação, passaporte…
    Casa, comida, praça, metrô, ponte, predio. Comida. Predio. Metrô, ponte, praça, casa podem até representar adaptação, mas são insuficientes depois que o hábito se consolida.
    Davi, é a convivência… 🙂

    Beeeijo.



Deixe um comentário